Criado para ser um espaço de aproximação entre profissionais que possuem interesse em Simulação Clínica, e para facilitar reflexões, parcerias, trocas de conhecimentos e de experiência.
Tem por objetivo incentivar a produção de evidências científicas, a difusão de conhecimentos e apoiar as práticas de simulação em diferentes contextos da formação (graduação, pós-graduação, educação em saúde, educação continuada e educação permanente) para as diferentes formações em saúde e em diferentes disciplinas e contextos.
Sabemos que a Simulação Clínica é uma estratégia de ensino multifacetada, que se beneficia da tecnologia, mas defendemos que mesmo na ausência desta, pode ser bem aplicada explorando a criatividade e um bom planejamento.
Observamos uma fragilidade nas bases conceituais utilizadas em nosso País em relação a Simulação Clínica, e acreditamos na construção coletiva de conteúdos mais sólidos e bem fundamentados, para dirimir equívocos e fortalecer práticas contextualizadas e de excelência.
Por fim, disponibilizamos este espaço como um repositório para compartilhamento de publicações, divulgação de informações, parcerias em pesquisas e produção tecnológica, fóruns de discussão, atualizações de informações, e promoção de atividades colaborativas, e de formação.
A medida da consolidação e do crescimento desta proposta está diretamente associado a participação e corresponsabilização de todos que compartilham o interesse de fortalecer a prática da simulação clínica como estratégia de ensino de forma adequada e viável em todos os espaços de formação.
Simulação clínica
A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu o conceito de Segurança do Paciente (2009) como a redução dos riscos de danos desnecessários associados à assistência em saúde até um mínimo aceitável. Com isso, a tradicional abordagem do ensino de medicina do tipo “veja e faça” para aprender e experimentar, expondo os pacientes ao atendimento de profissionais de saúde inexperientes, e mesmo internos de medicina, não mais se sustentava do ponto de vista ético.
Essa escalada íngreme da curva de aprendizagem não é mais aceitável, pois a prática de tentativa e erro com pacientes reais torna-se cada vez mais questionável. A simulação, nesse contexto, emerge como instrumento que auxilia a formação de profissionais de saúde no treino de habilidades e de cenários simulados, antecipando a prática clínica sem expor o paciente a erros evitáveis pela falta de conhecimento adequado e segurança na realização dos procedimentos.
A simulação clínica é um processo dinâmico que envolve a criação de uma situação hipotética que incorpora uma representação autêntica da realidade, facilitando a participação ativa do aluno e integrando o aprendizado prático e teórico com oportunidades para a repetição, feedback, avaliação e reflexão, sem o risco de causar dano ao paciente.
As evidências mostram que a simulação clínica mobiliza estratégias capazes de articular práticas de ensino e pesquisa, necessárias na qualificação dos profissionais da saúde, nos diversos níveis de atenção à saúde da população.
Há uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a utilização dessa estratégia durante a formação em saúde. Aprender e praticar técnicas e/ou procedimentos em pacientes em situação de vulnerabilidade pode assim ser substituída por um modelo de treinamento mais ético, com minimização de erros em saúde, que possam comprometer a segurança do paciente.
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